Fonte: BABOO
Nos últimos dias, o aplicativo Lulu ganhou destaque na internet e nos mais diversos meios de comunicação. O app permite que mulheres avaliem homens, dando notas, escrevendo comentários e selecionando hashtags disponibilizadas para definir a pessoa – positiva ou negativamente. Em pouco tempo, os homens se vingaram e foi anunciado o aplicativo Tubby . Mas em menos tempo ainda, a Justiça o proibiu.
Para grupos feministas, aplicativo Tubby incita violência contra mulher
Tubby, que em inglês é o nome do personagem Bolinha, do desenho animado Luluzinha, é uma criação nacional, ao contrário do Lulu, lançado nos EUA em fevereiro. Desenvolvido por cinco amigos mineiros, ele é uma clara resposta às mulheres, invertendo os papéis e dando ao público masculino a possibilidade avaliar o sexo oposto.
Foi no estado de origem dos criadores, Minas Gerais, que a Justiça proibiu o seu lançamento. O fato aconteceu devido a uma liminar movida por sete grupos feministas: Frente de Mulheres das Brigadas Populares de Minas Gerais, Margarida Alves, Movimento Graal no Brasil, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Mulheres em Luta, Marcha das Vadias e Coletivo Mineiro Popular Anarquista (Compa).
Os grupos alegaram que o aplicativo promovia a violência contra a mulher. O que pode ter motivado tal argumento é que em uma das imagens de divulgação do app aparecia a hashtag “#CurteTapas”. Além disso, a 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte – MG, por meio do juiz titular da Vara Especializada de Crimes Contra a Mulher da capital mineira, Rinaldo Kennedy Silva, alegou que o aplicativo causa danos às mulheres.
“Há também fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, uma vez que depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la”, escreveu o Juiz, Kennedy Silva. A decisão proíbe que o aplicativo seja disponibilizado no Brasil e prevê multa de R$ 10 mil por dia para os criadores caso o app comece as atividades.
Um fato interessante é que a proibição do aplicativo aconteceu antes mesmo dele começar a ser utilizado. O lançamento estava previsto para quarta-feira (04), mas foi adiado em dois dias por problemas de servidor – ele estará disponível para Android e iOS.
“Nosso sucesso foi enorme. Tivemos mais acessos que o esperado e muita divulgação. Isso significa que estamos investindo em uma estrutura de servidor que consiga atender a todos e finalizando nossa documentação legal”, explicaram os organizadores por volta da 0h de quarta.
No entanto, a proibição já podia ser prevista. Isso porque na segunda-feira (02), quando oMinistério Público do Distrito Federal e Territórios abriu investigação sobre o Lulu, o Promotor responsável pelo caso, Leonardo Bessa, alertou para isso.
“Caso sigam neste mesmo sistema [do Lulu], de incluir usuários sem autorização prévia, será proibido da mesma forma. Acho que eles estão muito mal assessorados juridicamente. Brinca quem quer”, afirmou Bessa.
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